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A cidade de Cuiabá, em Mato Grosso, recebeu, de 4 a 6 de novembro, a primeira maratona da modalidade Floresta+ Inovação, que prepara jovens para transformar conhecimento em empreendedorismo por meio de temas relacionados aos Pagamentos por Serviços Ambientais e da Economia da Floresta em pé. 

O evento foi uma realização do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com a empresa Wylinka, de Inovação, Ciência, Tecnologia e Negócios e o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (IDESAM). 

Os 32 participantes foram apresentados a conteúdos de inovação e de desenvolvimento de negócio e de projetos, metodologias e ferramentas e, ao final, aplicando os conceitos discutidos, propuseram negócios para resolver o desafio específico de “como aproveitar o potencial das florestas para a geração de renda nas regiões da Amazônia Legal”. 

Ao final da maratona, os participantes destacaram que a experiência estimulou a criatividade e a autoconfiança e que esperam conseguir transformar os projetos em realidade para apoiar as comunidades.  

“Eu que sou de Poconé, filho do Pantanal, vim aprender um pouco mais sobre empreendedorismo, sobre como colocar uma ideia no papel e, principalmente, como tirar ela do papel. Em 54 horas a gente desenvolve uma empresa do zero entrega pelo menos um protótipo MVP (Mínimo Produto Viável). É uma imersão com intercâmbio de conexões e conhecimento para todas as idades, nunca é tarde para empreender”, opinou o maratonista Igor Bastos, que ressaltou que o evento o fez “pensar fora da caixa”, o que, para ele, vai refletir em sua vida pessoal e profissional.  

Uma banca composta por representantes do MMA e do PNUD, além de um especialista local em inovação, elegeu as três equipes vencedoras (conheça as propostas abaixo), que receberão como prêmio, sessões de consultoria e mentoria personalizadas para o aprofundamento do negócio propostos e para desenvolvimento de carreira. Na avaliação foram utilizados critérios relacionados ao nível de inovação, impacto socioambiental, proposta de valor e viabilidade da solução. 

“O desenvolvimento de boas ideias para a solução do desafio é uma meta importante do projeto. Os resultados do evento e do Programa de Ideação, no entanto, não estão limitados a isso. O processo de engajamento de jovens, estudantes e profissionais, bem como do ecossistema de inovação local, no desenvolvimento de soluções empreendedoras para um desafio associado a questões ambientais chave da Amazônia Legal proporcionou uma rica experiência para todos os envolvidos”, explica Antônio Sanches, analista ambiental do MMA.  

O Floresta+ Ideação contou com mentores especializados em temas relacionados à inovação e ao desenvolvimento de negócios e soluções. A modalidade realizará mais três bootcamps em 2023. 

Resultado da I Maratona de Ideação

1º lugar:

Equipe Ybyrá: a Startup prevê atuar como uma agroindústria que produzirá um cappuccino de origem amazônica, a partir do uso de uma farinha de alto valor nutritivo advinda dos resíduos de coco de babaçu produzidos por comunidades na Amazônia Legal.

2º lugar:

Equipe Uyara: buscar, por meio de uma startup de assessoria, implementar uma plataforma on-line de turismo cultural e ecológico, proporcionando experiências de imersão na realidade das comunidades extrativistas da região.

3º lugar:

Equipe Ratanabá: propõe criar uma plataforma, a RAAR que deve funcionar como suporte de informações técnicas e científicas para extrativistas da Amazônia legal. Funcionando como uma rede de extensionista, tem como objetivo auxiliar e potencializar a produção com conteúdo descomplicado e de fácil acesso.